A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig divulgou nesta quinta-feira (8/5) o lucro de R$ 490 milhões alcançado nos três primeiros meses do ano, com aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A Empresa foi beneficiada pelo grande crescimento de seu mercado, liderado pelos setores industrial e comercial, que, juntamente a melhores preços, levaram a um crescimento de 22% na geração de caixa, que atingiu R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre, recorde na história da Empresa.
A Cemig atua, através de 40 empresas e sete consórcios, nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica e de distribuição de gás natural, em 12 Estados brasileiros e no Chile. As subsidiárias integrais, Cemig Distribuição S/A e Cemig Geração e Transmissão S/A, são as principais empresas da corporação Cemig e contribuíram com 54% e 42% do lucro líquido, respectivamente.
Na apresentação dos resultados aos investidores, realizada hoje em sua sede, em Belo Horizonte, a Empresa destacou o contínuo aumento de seus índices de produtividade e a busca pela melhoria na eficiência operacional e redução de custos. Foi destaque também a política de comercialização da empresa, que fechou com o grupo Votorantim o maior contrato de fornecimento de energia elétrica do País, no valor de quase R$ 10,5 bilhões.
Segundo o presidente do Conselho de Administração, Marcio Araujo de Lacerda, “os excepcionais resultados apresentados no primeiro trimestre de 2008 demonstram não só o sucesso do nosso Plano Diretor, como também solidez de fundamentos, que juntamente a uma busca contínua da excelência operacional levam a Cemig a uma posição de liderança no setor elétrico brasileiro”.
“Pé direito”
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a Empresa começa o ano com o “pé direito”. Segundo ele, os resultados mostram que a Cemig está crescendo de forma intensa e contínua em todos os negócios, sejam eles de geração, transmissão, distribuição ou comercialização de energia elétrica. “Esse crescimento também é auxiliado pela nossa política de crescer via aquisições, que já produziu mais um feliz resultado: a compra, através da Empresa Amazonense de Transmissão de Energia – EATE, ela mesma adquirida pela Cemig em 2006, das empresas Lumitrans e STC, ambas localizadas em Santa Catarina. Celebramos também o maior contrato de que se tem notícia, para o fornecimento de energia no País, com o Grupo Votorantim, que denota a nossa habilidade e agilidade para atuar de forma lucrativa em um setor cada vez mais dinâmico e competitivo”, disse o presidente.
No setor de geração, a Cemig celebrou contratos para estudos de viabilidade que superam os 2.000 MW, que garantem posição de destaque na expansão do sistema, e, ao mesmo tempo, busca realizar esses empreendimentos com energia alternativa e limpa, com destaque para as fontes hidráulica e eólica, que já fazem parte do dia-a-dia de uma empresa que está por oito vezes consecutivas no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. “Enfim, continuamos a fazer o nosso dever de casa, crescendo em todos os setores de forma equilibrada e com foco em excelência operacional, mitigando riscos e aproveitando todas as sinergias que uma empresa integrada e do porte da Cemig pode oferecer”, acrescentou Djalma Morais.
Estratégia
O diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações, Luiz Fernando Rolla, ressaltou que “no primeiro trimestre, nossa Empresa apresentou a maior geração de caixa do setor elétrico, de uma forma consistente, robusta, que é o resultado de nossas operações, que buscam, de forma incessante e contínua, agregar valor e rentabilidade aos nossos negócios”. Ele destacou também o Lajida do primeiro trimestre do ano, que alcançou a cifra de R$ 1,1 bilhão, com uma margem de quase 40%, impactada positivamente pela política de redução e controle de custos operacionais e manutenção de elevados níveis de eficiência operacional.
A revisão tarifária, que reduziu a tarifa da distribuidora, já estava contemplada nessas projeções e terá um moderado impacto na geração de caixa, uma vez que o Grupo Cemig é composto por quase 40 empresas e 7 consórcios, e administra um portfólio de operações sinérgicas e cada vez mais lucrativas. “Porém estamos preparados para atuar de forma decidida para adequar a operação de distribuição aos limites regulatórios, focando na redução de custos e ajustes de processos, no intuito de aumentar a eficiência operacional”, acrescentou o diretor.
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